Pedalando em frente ao Rio Sul vi um mendigo se esforçando em entender a inscrição me letras de bronze sob uma estátua de Simon Bolívar >> Uma enorme estatua de bronze sobre um pedestal de granito contrastando com um pobre homem maltrapilho, carregando um saco de compras com todos os seus pertences, olhava a estatua como quem quisesse decifrar a esfinge >> Esta cena poderia ser aparentemente típica de uma praça, onde mendigos, estátuas, crianças e idosos comungam a clareira na selva de pedra >> No entanto me veio como uma punhalada >>
Vi ali um povo inteiro, massacrado por uma elite vampira e antiqüíssima, um povo destroçado que não consegue sequer ler umas poucas letras sob uma estatua >> Encarei o céu azul buscando o Deus que se escondia, e disse bem alto, em meus pensamentos: eu Vi! Para que Deus se envergonhasse com essa ilustração que me foi apresentada >> Mendigos analfabetos e estatuas existem no mundo todo >> Mas neste caso me veio como uma cutucada na ferida, nas “veias Abertas” da América Brasileira e Andina >> Invoquei o envergonhado e silencioso Azul: Até quando essa vergonha vai durar???
Nós não saímos da escravidão >> A única diferença visível é que hoje temos adicionado ao contingente escravos da raça branca >> Mais precisamente imigrantes nordestinos na maioria >> Refugiados nos quilombos modernos, do alto das lages nas montanhas cariocas, os escravos de hoje não conseguem enxergar no horizonte um sinal de abrandamento do abismo social >> É o mesmo do séc. XVI >> Décadas passam, presidentes mudam, morrem, constituições se promulgam, outorgam, leis trabalhistas etc etc etc, sem sinal de progresso >>
Falta aquilo que não dá pra ser institucionalizado>>>>>>>Fácil culpar legisladores e grandes empresas: enquanto todo mundo quiser que todo mundo se foda, seja preto, branco ou amarelo >>>>>>>>> O egoísmo não tem classe, credo ou cor.
desculpe as vezes é só sou eu somente que estou amargurado e venho com esse discurso
terça-feira, abril 19, 2005
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4 comentários:
minha família é de imigrantes nordestinos, meu nêgo.
Manuela
(isabel?)
estou indo embora, ficar uns meses longe. fica minha saudade, meu semen, meus cds. o resto ta na mala.
bjs
OH! Nao ' homem branco' , agora que eu ia te convencer a dar uma ajudinha financeira pra minha familia de imigrantes nordestinos escravizados!!!
( e, que indelicadeza, nem se despede do fab, ai de cima, que foi tao gentil com voce! )
considero que a situação das minorias em qualquer lugar do mundo é um assunto extremamente delicado. mas, infelizmente, só o que podemos fazer, é exercitar cotidianamente o nosso respeito pelo outro, seja ele de outra raça, de outra classe social ou de outro sexo.
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