sábado, abril 09, 2005

Prezados Canalhas II

Essa aqui cheguei a publicar num livreto xerox, em 2002, no ceará



DEUS ME PERDOE, mas para meu desabafo digo que gostaria de esmagar inúmeras cabecinhas na calçada, como se fossem guimbas a serem apagadas e esquecidas no lixo universal. Queria escarrar, um escarro aberto, como um capô de fusca, um guarda chuva no alto, a sombra sobre suas cabeças, splash; só pra te acordar, só pra me ver livre da ira. Queria a faca amolada rasgando, como a tesoura que divide o tecido, passasse por muitos lugares deste meu Brasil. Mas antes tua testa, depois tua barriga, depois o solo impróprio, asfalto matado pelo homem, rasga a matéria de ilusão, queima, queima os intestinos pressiona as testas, só não deixa esse povo assim, na MERDA que não é falta de grana que não é falta de comida . Melhor dizer falta de amor e sabedoria.

Porque quando andavas a pé reclamava, e puseram uma linha de ônibus na tua rua. Depois reclamava do ônibus, incomparável com o carro. Ganhaste o carro e te vi no transito reclamando do transito. Compraste um carro importado ficaste rico, e tua mulher não te chifra mas não te ama, teu poder é podreira, tua ulcera graças a Deus te livrará dessa novela por algum tempo.

Preciso xingar, filhos da puta piranha corvo pedra nos rins, galinhas escravos do ócio e da intriga, putas esmagadoras, merda merda MERDRA!




COMPROMISSOS IDIOTAS, como tendões presos aos braços, me puxando um pra cada lado, me deixando imobilizado. Burros, burros, deixa eu fazer uma coisa de cada vez. Você, você e você: vai se fudê! Morra em sua própria angustia infantil. Não sabe que Deus está no comando? Pra que me infernizar e destruir minha digestão? Minha saúde já está minguando, mais uma vez terei passado por esse mundo somente para satisfazer a vontade dos frouxos, dos prostitutos e dos otários. Mais uma vez me comporto como escravo dos vermes, servidor dos mortos. Saiam de mim sombras, deixem me fazer o meu serviço. Pega tua solitária e se tranca num quarto escuro, sei lá. Te encomendo especialmente aquela sapa gorda, o boneco de neve, filho do recalque pai do ódio, sapa rancorosa vai coaxar em outro brejo. Aqui já tem gralha demais, morcego demais neste castelo mal assombrado. Fodam-se todos! Fodam-se todos! Crianças suicidas ignorantes jacas paralíticas, vôo em todos os pescoços e vos imobilizo para mostrar o quanto são NADA. Pra que me perturbar? Pra que, Guilherme, ficar preocupado e deixar de fazer o mais importante, só porque as antas menstruadas te apressam? Vai apressar a merda podre pra sair, esta sim, que vai te matar se não evacua-la em breve. Tua pele frágil se transformou no fantoche de um monstro, só você e seus conterrâneos não sabem disso. Tua alma está trancada no centro da terra por mil anos, como o diabo do apocalipse. Só você que não sabe. Porco, porco, porco. Acorda! Não podemos mais esperar

Um comentário:

Anônimo disse...

relax, baby. restez tranquile. pas comme ça.